mudando e aprendendo

mudando e aprendendo
"Seja a mudança que você quer ver no mundo." Dalai L. ( disponível em: intuicaocriativa.wordpress.com )

sábado, 4 de dezembro de 2010

O mItO dA cAvErNa.... ReFlEtInDo e BuScAnDo o sAbEr

Mais um trabalho realizado por nós e com bons resultados. A peça foi apresentada na disciplina Fundamentos Filosóficos da Educação, com o tema O mito da caverna.

O mito da caverna nos estimula pensar o quanto a ignorância nos aprisiona, devemos refletir e buscar o máximo de conhecimentos, para que não sejamos alheios as mazelas que somente o saber nos liberta. O real significado de sentir-se liberto do medo, da arrogância, da timidez, do egoísmo e outros sentimentos causados ou não, por situações presentes no nosso contidiano, nos fazem acreditar que o novo, o que aprendemos, o que buscamos conhecer, o que descobrimos na reflexão do mundo que existe lá fora, nos capacita a abrir a mente para o todo que existe fora da caverna. Em que podemos estar preso no interior da caverna? Estamos presos ao nosso mundinho de pensamentos e ideologias?


Podemos viver o novo, sair da caverna de nossos preconceitos e saber que o que nos espera lá fora, pode nos curar da alienação na qual muitas vezes nos encontramos, deixar de vivermos a repetição de uma aprendizagem bancária de mitos e supertições, devemos vivenciar valores e princípios que não nos prenda a pensamentos e idéias aleatórias, mas em mútuo convívio, em uma sociedade que espera um pouco ou muito de cada um de nós.



por Sandra Carla

sábado, 20 de novembro de 2010

SObRe O aNaLfAbEtIsMo.... ReAliDaDe dO nOsSo BrAsiL

Após pesquisas relacionadas sobre a questão do analfabetismo no Brasil, pude obter informações importantes sobre esse tema e compartilha-lás com vocês, leitores do blog. O conteúdo dessa postagem está tratando de algo que ainda continua presente na nossa realidade.

A história do analfabetismo no Brasil começou no período da instalação das capitanias hereditárias, onde não existia nenhuma preocupação com a educação escolarizada (1534 - 1549).
com a vinda de alguns donatários e seus escravos, não houve preocupação com a educação escolarizada [...] não há notícias de escolas nem educadores neste período.( FREIRE, 1993, p.32)
Com a chegada dos jesuítas a preocupação pela educação surgia como o meio capaz de tornar a população dócil e submissa à política colonizadora portuguesa.
Posteriormente, já no século XVII, quando havia uma população "brasileira", as assertativas de que a educação jesuítica tinha um caráter de ensino popular e público careciam de investigação mais prudente e profunda. Diante dos fatos como a pequena valorização das ecolas de primeiras letras em relação ao curso de Humanidades, podemos asseverar que aqui se processou, nos tempos coloniais, uma educação voltada para a reprodução das elites agrárias.
Quando expulsos, em 1759, os jesuítas nos legaram um ensino de caráter literário, repetitivo, estimulado a emulação humanista-clássico. Enfima, "inauguraram" o analfabetismo no Brasil. Afirma Freire (1993):
Enclausurando os alunos em preceitos e preconceitos católicos, inibiu-os de uma leitura do mundo real, tornando-os cidadãos discriminatórios, elites capazes de reproduzir "cristãmente" a sociedade pervesa dos contrastes e discrepâncias, dos que tudo sabem e podem e dos que a tudo se submetem. Inculcaram a ideologia do pecado e das interdições do corpo. "Inauguraram o analfabetismo no Brasil. (FREIRE, 1993, p.46)
Por Joyciane da Silva Souza
Referência:  FREIRE, Ana Maria. Analfabetismo no Brasil. 2ª ed. rev. aumentada. São Paulo: Cortez, 1993.





 

FiChAmEnTo AnAlítIcO.... Mais UmA aPrEnDiZaGeM

Tratando-se de mais uma aprendizagem, posto este trabalho realizado na disciplina: Organização do Trabalho Acadêmico, como forma de contribuição e ajudando a tirar dúvidas.

O texto é da autora Marilena Chauí e tem por título A atitude científica, no início tivemos dúvidas, mas com a explicação da nossa professora sobre esse tipo de fichamento, passamos a perceber com ele torna um texto mais fácil para a compreensão.

O que é fichamento analítico? 

É uma síntese concisa das idéias do texto lido, destacando-se os elementos de maior interesse e importância, isto é, as principais idéias do autor da obra.


TÍTULO: A atitude Científica
AUTOR: Marilena Chauí
DADOS DA PUBLICAÇÃO: Convite à filosofia. Ed. Ática, São Paulo, 2009.
OBJETIVOS DO AUTOR NESSE TEXTO: O autor quer mostrar a diferença entre o senso comum e o conhecimento científico. De início é colocado em evidência todas as situações do cotidiano, onde o ser humano as notam, as têm como verdades absolutas e não as questionam.
DESCRIÇÃO DO TEXTO: O texto relata situações que fazem parte de nossas vidas, que são transmitidas de gerações em gerações e acabam se transformando muitas vezes em verdades inquestionáveis pelo ser humano.
Caracteriza o senso comum como expressão de sentimento e opinião individual, onde o resultado irá depender do grupo que o indivíduo estiver inserido. Os fatos apresentam-se diferentes, a partir do momento que são julgados por pessoas diferentes.
Mostra que a ciência desconfia da veracidade de nossas certezas. Quando enxergamos fatos e acontecimentos, a atitude científica vê problemas e obstáculos, neste momento o conhecimento científico irá buscar padrões, critérios de comparação e leis gerais de funcionamento dos fenômenos, afirmando que através do conhecimento o homem pode libertar-se das superstições.
Discorre sobre os objetos científicos, deixando claro que não se trata de dados empíricos espontâneos de nossa experiência cotidiana, mas que são construídos pelo trabalho da investigação científica.


Referência: CHAUÍ, Marilena. Convite à filosofia. São Paulo: Ática, 2009.

sexta-feira, 19 de novembro de 2010

TeCnOlOgIa....FaZ PaRtE !

 

Este vídeo chamou muito a nossa atenção... sobre os avanços tecnológicos e a necessidade do homem diante deles.
A tecnologia vem para facilitar a vida do homem.
Mais que facilidade essa heim?... afinal, quem não desejaria esse carro?

referencia: http://www.youtube.com/watch?v=9lHnrsEklV8&feature=related

ReFlExãO....

A utilização de meios tecnológicos pode auxiliar de forma considerável no processo educacional. O acesso a informação é maior atráves da internet, mas apesar de toda a contribuição que obtemos através de todo o aparato que nos proporciona a tecnlogia, é preciso cautela e bom uso ao fazer utilização da mesma.
É necessário ser criterioso na escolha do material a ser utilizado para auxílio as aulas.


Por Joyciane da Silva Souza.

domingo, 14 de novembro de 2010

ReNoVaÇãO e EsTrAtÉgIa.... sObRe o uSo dA tV

Não vejo o uso da televisão como um propagador de idéias para o mal, enetndo que o uso correto dessa tecnologia torna-se necessária para nossos dias atuais, tal como foi citado pela Doutora da Faculdade de Educação - Universidade de Brasília, Vânia Lúcia Quintão Carneiro, quando diz "... que sua abordagem desenvolve a competência do aluno e utilização de programas como estratégias pedagógicas...", podendo-se fazer uma análise do que seus programas atuais trazem para o campo da educação, em um todo torna-se resumido e restrito à horários inoportunos.
Assim, posso salientar que em vista de progressões e mudanças, todos os anos prova-nos a evolução quase diária na veracidade de documentários e animações atrativas que renovam a maneira de pensar da sociedade, fazendo os criadores de tais programações repensarem. A sociedade se mostra exigente na escolha do que se ver, através das facilidades que são oferecidas, hoje se tem tornado comum as assinaturas de canais, onde em pouco tempo atrás poucos podiam ter acesso.



art-digital.mundosebrae.com.br.jpg325x245.

Parece que com esta revolução vem existindo uma real consciência, podemos constatar como por exemplo, o controle de horários para idades, especificando o que será livre ao ser apresentado. Já que temos presenciado pouco nos canais abertos programas com valores educacionais, não podemos esquecer que a facilidade de aprender comodamente sem esforço de pensamento, nos torna preguiçosos na reflexão ao contrário do que a leitura nos proporciona.

O que podemos fazer com consciência, é praticar a escolha do que realmente vale a pena dispensar tempo para se vê, priorizando princípios de uma conduta moral e ética que será melhor aproveitada dentro ou fora da educação. Seremos individualmente o que nossos hábitos fizerem de nós, podemos ampliar conhecimentos sendo mediadores na construção da cultura.

Concordo com o texto de Arlindo Machado quando diz que "a televisão é e será aquilo que nós fizermos dela." não devemos esperar que outros nos eduquem e sim que tenhamos consciência, devemos nos auto-educar para que não nos tornemos reféns da manipulação ideológica do que nos pode ser apresentado.

Aprendi que nossa postura crítica deve fazer-se presente no nosso campo de aprendizado para que como futuros pesquisadores obtenhamos resultado satisfatório e assim, nunca deixemos de buscar a melhor fonte do saber, seja com a constante mudança na tecnologia ou coma  procura diária que se encontra ao nosso alcance na mídia.

Por Sandra Carla.

sábado, 13 de novembro de 2010

SoBrE o AtO De EsTuDaR... ApReSeNtaDo pOr mApA cOnCeItUaL

Esta postagem segue para todos aqueles que têm dúvidas sobre mapas conceituais, trata-se de representações gráficas semelhantes a diagramas, que indicam relações entre conceitos ligados por palavras. São utilizados para auxiliar a ordenação e a seqüências dos conteúdos de ensino, de forma a oferecer estímulos adequados ao aluno, servindo como instrumentos para facilitar o aprendizado do conteúdo sistematizado em conteúdo significativo para o aprendiz.

Este mapa conceitual foi baseado em um texto de Paulo Freire apresentado por nossa professora de OTA- Organização do Trabalho Acadêmico.

SOUZA, Joyciane. Mapa conceitual: o ato de estudar. Maceió, 2010.



Por Joyciane Souza


Referência
FREIRE, Paulo. Ação cultural para a liberdade e outros escritos. Rio de Janeiro: Paz e Terra - 6ª  edição, p. 9-12.

domingo, 7 de novembro de 2010

PaRa "DeScONtRArIr"... TeCnOlOgICaMeNtE tEcLaNdO


máquina.JPG 352 x 484. horademudar.com.br
" CHAT.....CHIP......
CLIENTE, que não é de carne e osso, e sim um computador conectado a uma rede. Sem esquecer o
cibernauta. _ Será que sou?
_É provável, estou na INTERNET. A nova mania, febre mundial. Tem bate-papo que poderia ser bate-teclado, é mais conhecido como CHAT, que é o princípio de tudo. Daí vem a amizade, nasce o amor, vem o namoro, o pedido de casamento, a alua de mel e o nascimento do filho, tudo através do CHAT. Alguns anos depois o divórcio, e, não poderia ser diferente - Via CHAT.
Isto é o preço que a tecnologia cobra.
Ninguém se toca - Abraçar nem pensar.
Ninguém sorri, ninguém beija - Beijar é tão GOSTOOOOOOSO.
Ninguém dialoga - O diálogo é a ferramenta principal para um bom convívio. - Que convívio?
Ninguém AMA DEVERAMENTE.
E para expressar as emoções existem os emoticons:
_ sorriso; tristeza; ) muito feliz; :~chorando;
:-* beijos - Meu Deus! Dá até calafrios. Simbologia pura ( o livro Código Da vinci perde feio para tantos símbolos).
É solidão( a bichinha é danada),
É Medo..........
É carência.
Mas, ainda vale apena o olho no olho, pele arrepiada, a nunce de um sorriso. É poesia.
- Confesso sou uma quase viciada a INTERNET.
Tenho até BLOG - Que chik. Chik lembra chat - Mesma família silábica (CH), dá até para trabalhar com a meninada.
Mania de ex-professorinha (Bons tempos - quase fiquei afônica).
_Que turminha! - Passado.
O presente é o CHAT, A INTERNET, WEB, CHIP, EMOTICONS, BANCOS DE DADOS, APLICATIVOS, CÓDIGOS, BLOG, PERIFÉRICOS, ROBÔ, ROBÓTICA, END......
UFA........

_Quem disse que é o FIM? "


Autora: Socorro Vieira Lima

TeCnOlOgiA: cOnHeCimEnTo Na EsCoLa

Inicialmente as TICs foram introduzidas na educação com o intuito de agilizar e informatizar as atividades administrativas.
Em seguida, elas começaram a ter seu espaço no ensino e na aprendizagem, porém não existia uma interação com as atividades de sala de aula, eram tidas como um tipo de projeto extraclasse, uma atividade adicional que visava inovação.

Educação a distância. Professores em ação. jpg 300 x 285

A realização dessas atividades levou a compreensão de que o uso das TICs na escola contribui para expandir o acesso as informações da atualidade, estabelecendo novas relações com o saber e eliminando os muros que separam a instituição da sociedade.
No entanto, não se pode esperar que as TICs funcionem como agentes estimulantes dessas mudanças, uma vez que é insuficiente apenas ter acesso a informação atualizada e a simples adoção de novos métodos. É preciso existir interação da escola com outros espaços produtores do conhecimento, resultando numa mudança em seu interior e ampliando seu espaço.

Por Joyciane Souza
Referência

ALMEIDA, M. E. B. Tecnologia e gestão do conhecimento na escola. In: VIEIRA, T. A.(Org.). Gestão educacional e tecnologia. São Paulo: Avercamp, 2003, p. 113-114

segunda-feira, 1 de novembro de 2010

As TICs nA sAlA dE aULa: iNfOrMáTiCa eDuCaTiVa

    As TICs estão cada vez mais acessíveis as pessoas, porém, por parte dos educadores este assunto causa desconfiança quando está relacionado ao seu uso em salas de aula.
    Em pleno século XXI, torna-se inaceitável  que professores trabalhem apenas de forma tradicional (quadro e giz), pois trabalhar com as TICs além se ser uma necessidade real é um modo de inserir os alunos no mundo letrado e digital.
   A escola torna-se uma unidade de difusão dessas novas mídias, incrementando o uso das mesmas na vida dos alunos e usando-as como mais um recurso facilitador da aprendizagem das crianças.
   A informática educativa é uma realidade que deve ser aplicada aos processos educacionais oferecendo um caminho de mudanças como mais uma ferramenta a serviço dos professores. 
  Mesmo que a escola não ofereça subsídios para a inserção das novas tecnologias, o professor tem o dever de oferecer para seus educandos conhecimentos e interações com essas tecnologias.



SOUZA, Joyciane. Mapa conceitual: informática educativa. Maceió, 2010.   




Por Joyciane Souza
REFERÊNCIA:
EDUCAÇÃO artigo. As TICs na sala de aula: contribuição para a aprendizagem das crianças. Disponível em: http://www.artigonal.com/. Acesso em 01 nov. 2010.                                                                                                                          

sexta-feira, 29 de outubro de 2010

Os CoMpUtAdOrEs Em SaLa De AuLa: uMa BrEvE hIsTóRiA

No início dos anos 80 o uso da informática na educação era um assunto muito polêmico. Os que trabalhavam em educação traziam consigo opiniões sobre a facilidade e os absurdos que ela traria, tinham dúvidas, nem podiam imaginar o que se poderia fazer com um computador dentro da escola.
Numa primeira atitude implantaram uma nova matéria: “introdução à ciência da computação”, porém perceberam que seria insuficiente na preparação dos alunos para algo que já estava posto no mundo. Colégios adotaram uma saída e passaram a ministrar cursos a seus professores, para a utilização de bancos de dados em questões de provas, correções instantâneas através do computador e além de cursos, passaram a comprar pacotes de instruções de programas feitos em outros países. Muitos se contentavam em buscar nestes usos o modo ideal para que o computador entrasse nas escolas.
Em 1984, o tema que estava em moda no Brasil era sem dúvida o computador, porém nesta época o país sofria com a crise da economia capitalista internacional. As instituições de ensino também sofriam devido à crise, então qualquer inovação que surgisse dando esperança para a saída da dificuldade era agarrada. Várias escolas abriram suas portas para o trabalho com o computador, como forma de atração e permanência de alunos. Ele era apresentado como o instrumento que iria preparar o aluno para o século que viria.
O educador tinha que se posicionar contra ou a favor do seu uso e apontando seus limites, sempre com competência. Assim o computador representaria um instrumento auxiliar de seu trabalho, contribuindo para a reflexão dos problemas educacionais do Brasil e até ajudando para a melhoria do nível da educação escolar.

Por Joyciane Souza

Referência
ALMEIDA, Fernando José de. Educação e informática: os computadores na escola. São Paulo, Cortez, 1988.

domingo, 24 de outubro de 2010

OfIcInA dO cOnGrEsSo AcAdÊmIcO UfAl 2010


Maria Auxiliadora S. freitas- Doutora em Educação pela FACED/UFBA
professora adjunto do Centro de Educação da UFAL

TEMA: Hipertexto e Mapas Conceituais: um modo de saber interagir e se conectar.


HIPERTEXTO


  • Perspectiva de texto coletivo (há uma interação do texto com a co-autoria do aluno);
  • Conexão de nós ( conceitos, proposições e atos, todos formando uam unidade semântica) ligados por conexões.


Algo interessante no hipertexto é que o sujeito se transforma em autor e co-autor. É uma oportunidade do aluno se desenvolver e construir, possibilitando o aprendizado por investigação ( pesquisa).


MAPA CONCEITUAL

São representações gráficas e criativas com a emergênca de novas idéias; associa conhecimentos prévios com novos conhecimentos. (NOVAK, 1998)

O mapa conceitual representa proposições entre dois conceitos ligados por uma unidade semântica.


O que tem haver o hipertexto com os mapas conceituais?


Conclui-se que os mapas conceituais são ferramentas adequadas e eficientes na elaboração de hipertextos, contribuindo na relação cruzada de conceitos e na formulação de caminhos de navegação baseados em diferentes proposições.

sexta-feira, 22 de outubro de 2010

CoNgReSsO aCaDêMiCo UfAl 2010

Trata-se da semana em que se reune toda a comunidade acadêmica, não existindo momento melhor para o descobrimento do que este.

Conferência de abertura com : Wrana Panizzi- CNPq. 

TEMA: "Excelência e inclusão: paradigmas atuais da Ciência e Tecnologia".

A produção de conhecimento é regida por paradigmas, desenvolvendo-se através de métodos. Entende-se que paradigma é o fruto de um conhecimento construído com cuidado,  que servirá como critério de verdade e de validação nos meios onde for adotado. É a percepção geral e comum.

O que o conhecimento proporciona? Qual sua essência e sua exigência?

Ele proporciona autonomia individual e coletiva, sendo essencial que o indivíduo torne-se participativo da sua elaboração e construção. Exige qualidade em sua produção e o abandono do empirismo, tendo o científico por base.

O que faz a ciência e a tecnologia a não ser produzir e expandir conhecimentos?

A tecnologia nos proporciona escolhas. Assim, sua principal construção está expressa nas possiblidades, nas oportunidades e na diversidade de idéias. Nosso trabalho coletivo é substituir tecnologias que limitam nossa escolha por aquelas que a ampliam.
O sistema de ciência e tecnologia advem da construção ao longo dos anos. O sistema brasileiro teve início a partir do século 50 (processo urbano)

Linha do tempo:

Anos 50: Surge a preocupação com a ciência e a tecnologia.
Anos 60: Andamento da industrialização.
Anos 70: Início da pós-graduação (tempo integral nas universidades)
Anos 80: Criação da montagem para prover os instrumentos para a produção do conhecimento de qualidade.
Ministério de ciência e tecnologia 1985.
Anos 90: O modo de produção de conhecimento muda. Início da criação de instrumentos para o fundo setorial.
Anos 2000: O conhecimento como algo importante.

Enfim, vivemos no tempo do mercado do conhecimento, a partir do que é produzido pelas pessoas, a sociedade se modifica.

segunda-feira, 18 de outubro de 2010

TeCnoLoGiA...

"Para começar, ele nos olha nos olha na cara. Não é como a máquina de escrever, que a gente olha de cima, com superioridade. Com ele é olho no olho ou tela no olho. Ele nos desafia. Parece estar dizendo: vamos lá, seu desprezível pré-eletrônico, mostre o que você sabe fazer. A máquina de escrever faz tudo que você manda, mesmo que seja a tapa. Com o computador é diferente. Você faz tudo que ele manda. Ou precisa fazer tudo ao modo dele, senão ele não aceita. Simplesmente ignora você. Mas se apenas ignorasse ainda seria suportável. Ele responde. Repreende. Corrige. Uma tela vazia, muda, nenhuma reação aos nossos comandos digitais, tudo bem. Quer dizer, você se sente como aquele cara que cantou a secretária eletrônica. É um vexame privado. Mas quando você o manda fazer alguma coisa, mas manda errado, ele diz “Errado”. Não diz “Burro”, mas está implícito. É pior, muito pior. Às vezes, quando a gente erra, ele faz “bip”. Assim, para todo mundo ouvir. Comecei a usar o computador na redação do jornal e volta e meia errava. E lá vinha ele: “Bip!” “Olha aqui, pessoal: ele errou.” “O burro errou!”
Outra coisa: ele é mais inteligente que você. Sabe muito mais coisa e não tem nenhum pudor em dizer que sabe. Esse negócio de que qualquer máquina só é tão inteligente quanto quem a usa não vale com ele. Está subentendido, nas suas relações com o computador, que você jamais aproveitará metade das coisas que ele tem para oferecer. Que ele só desenvolverá todo o seu potencial quando outro igual a ele o estiver programando. A máquina de escrever podia ter recursos que você nunca usaria, mas não tinha a mesma empáfia, o mesmo ar de quem só agüentava os humanos por falta de coisa melhor, no momento. E a máquina, mesmo nos seus instantes de maior impaciência conosco, jamais faria “bip” em público.
Dito isto, é preciso dizer também que quem provou pela primeira vez suas letrinhas dificilmente voltará à máquina de escrever sem a sensação de que está desembarcando de uma Mercedes e voltando à carroça. Está certo, jamais teremos com ele a mesma confortável cumplicidade que tínhamos com a velha máquina. É outro tipo de relacionamento, mais formal e exigente. Mas é fascinante. Agora compreendo o entusiasmo de gente como Millôr Fernandes e Fernando Sabino, que dividem a sua vida profissional em antes dele e depois dele. Sinto falta do papel e da fiel Bic, sempre pronta a inserir entre uma linha e outra a palavra que faltou na hora, e que nele foi substituída por um botão, que, além de mais rápido, jamais nos sujará os dedos, mas acho que estou sucumbindo. Sei que nunca seremos íntimos, mesmo porque ele não ia querer se rebaixar a ser meu amigo, mas retiro tudo o que pensei sobre ele. Claro que você pode concluir que eu só estou querendo agradá-lo, precavidamente, mas juro que é sincero.
Quando saí da redação do jornal depois de usar o computador pela primeira vez, cheguei em casa e bati na minha máquina. Sabendo que ela agüentaria sem reclamar, como sempre, a pobrezinha."


Luis Fernando Veríssimo